Varejo 4.0: mais do que desafiador, mudar é inevitável

Varejo 4.0: mais do que desafiador, mudar é inevitável

Bernardo Carneiro, sócio e diretor de M&A e Inovação da Stone, argumenta sobre a importância da digitalização no varejo, especialmente após a COVID-19

Vender pela internet virou questão de sobrevivência para o varejo. Não somente a saída emergencial para manter a saúde dos negócios neste momento em que estamos vivendo, mas a solução para o novo normal. É o que têm observado comerciantes e lojistas, cada vez mais adaptados às mudanças de comportamento dos consumidores, bem mais digitais nestes tempos de isolamento social.

Segundo um estudo da Social Miner que prevê o modelo de consumo no mundo pós-pandemia, 10% dos clientes deverão comprar on-line, enquanto 60% irão consumir tanto on-line quanto off-line. No segmento de refeições, por exemplo, o levantamento aponta que 19% dos pedidos virão do digital e 70% dos mundos físico e virtual.

Por isso, a adoção de uma cultura voltada à inovação é requisito para as empresas estarem preparadas para o varejo 4.0. A digitalização deste setor está aí e demanda prioridade. Esse deve ser um processo contínuo que permita uma rápida adaptação através de um melhor entendimento do comportamento do consumidor.

Aqui na Stone, por exemplo, oferecemos novas soluções que têm contribuído para suprir essas dores dos lojistas permitindo que eles consigam construir um novo capítulo na experiência de consumo do seu segmento. Portanto, continuamos ajudando a transformar parte da operação de nossos clientes para eles continuarem as vendas, agora, pela internet.

Uma das ferramentas que criamos com a Pagar.me para ajudar na transformação do varejo digital é o Link.me, aplicativo que permite compartilhar links de pagamento pelo WhatsApp, Instagram e Facebook. O consumidor não precisa acessar a loja, selecionar produtos e nem finalizar a compra. Basta clicar na URL enviada, confirmar o serviço ou produto adquirido, inserir os dados de pagamento (informações do cartão, número de parcelas, dados do comprador) e encerrar o pedido.

É o caso da cervejaria carioca Hocus Pocus, que aumentou a demanda de pedidos ao migrar para o digital do dia para a noite. Inicialmente sem operação de delivery, a empresa, atenta às mudanças de consumo, precisou se reinventar. Dois meses após adotar o Link.me, inaugurou seu e-commerce, passando a vender pela internet. Além de ser fácil para o cliente pagar, é muito simples para o lojista começar a usar – não precisa de integrações sofisticadas.

Outra iniciativa é a plataforma Compre Local. Em parceria com a Collact, nosso programa de fidelidade e CRM, desenhamos uma solução gratuita disponível em site e aplicativo para ajudar na digitalização do varejo, facilitando o dia-a-dia do consumidor e o estimulando a comprar dos pequenos estabelecimentos do bairro. A digitalização do varejo é essencial para manter a sobrevivência dos negócios e temos apoiado os nossos clientes nessa jornada.

Com a reabertura do comércio ainda restrita na maior parte do país – e os consumidores preferindo manter o distanciamento social –, as lojas instaladas nos shoppings centers também estão migrando para o e-commerce. Mais prático e seguro, nesse novo modelo, o cliente entra em contato com a marca, via site ou WhatsApp, faz a compra e tem a opção do delivery ou retirar no local. Ou seja, se digitalizar não é necessidade do pequeno ou do grande, e sim de todo o varejo.

Em suma, o primeiro passo para a digitalização do varejo físico é entender o comportamento do cliente e suas necessidades. O segundo, é estar disposto a reinventar o modelo de negócio. Por fim, utilizar a tecnologia como ferramenta para transformar a experiência do varejo físico e multiplicar os canais de distribuição da marca.

*Bernardo Carneiro é sócio e diretor de M&A e Inovação da Stone

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