Confiança do consumidor sobe em abril e recupera parte da queda de março, aponta FGV

Confiança do consumidor sobe em abril e recupera parte da queda de março, aponta FGV

FGV indica cautela, uma vez que houve redução do pessimismo das famílias em relação aos próximos meses, mas sem nenhuma perceção de recuperação da situação atual em meio ao agravamento da pandemia

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 4,3 pontos em abril, para 72,5 pontos, recuperando 44% da queda sofrida no mês anterior. Em médias móveis trimestrais, o índice continua em tendência negativa ao cair 1,1 ponto.
“A confiança dos consumidores recuperou parte em março mas ainda precisa ser avaliada com cautela. A melhora foi influenciada pela diminuição do pessimismo das famílias em relação aos próximos meses, mas sem nenhuma percepção de recuperação da situação atual dado o cenário de agravamento da pandemia e dificuldades enfrentadas pelas famílias. O comportamento cauteloso dos consumidores vem sendo mantido em relação aos gastos, fato justificado por fatores econômicos como: renda, emprego e aumento dos níveis de endividamento, mas também psicológicos, relacionadas à incerteza em relação à saúde e à necessidade de isolamento social”, diz Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das sondagens da FGV.

Em abril, a percepção dos consumidores sobre o momento atual ficou estável após atingir o mínimo da série em março enquanto as expectativas tornaram-se menos pessimistas para os próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA) teve elevação de 0,5 ponto, para 64,5 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) avançou 6,7 pontos, para 79,2 pontos,

Entre os quesitos que medem o grau de satisfação com a situação atual, o indicador que mede a percepção dos consumidores em relação à situação econômica geral aumentou 1,3 ponto em abril, para 71,6 pontos, terceiro menor valor da série histórica iniciada em setembro de 2005. Por outro lado, o indicador que mede a satisfação sobre as finanças pessoais acomodou-se ao ceder 0,3 ponto, para 58,2 pontos, o menor nível desde abril de 2016 (56,8), mínimo da série histórica.
Com relação às expectativas, o indicador que mede as perspectivas para a economia nos próximos meses foi o que mais contribuiu para o aumento da confiança em abril ao subir 8,6 pontos, para 100,7 pontos. O resultado positivo não recupera todas as perdas sofridas no mês anterior.

A análise por faixas de renda revela melhora da confiança em todas as faixas de renda, exceto para as famílias com renda entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800. Para essa faixa de renda, o ICC apresentou seu menor valor desde maio de 2020.

O levantamento coletou informações de 1.631 domicílios entre os dias 1º e 24 de abril.

Fonte: https://valor.globo.com/brasil/noticia/2021/04/28/confianca-do-consumidor-sobe-em-abril-e-recupera-parte-da-queda-de-marco-aponta-fgv.ghtml

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