Saúde mental de mulheres empreendedoras é a mais afetada na pandemia
Estudo da Troposlab aponta o estado mental dos empreendedores que tiveram desafios decorrentes do isolamento social e, também, das consequências econômicas e pessoais para seus negócios
Nos últimos anos, a saúde mental dos empreendedores tem sido um tema pouco presente no ambiente científico. São raros os estudos produzidos que relacionam a saúde mental ao empreendedorismo. A pandemia do novo Coronavírus e o distanciamento físico alteraram de maneira significativa a rotina e o ambiente de negócios, e com isso, as incertezas em decorrência desse período abalaram profundamente o estado mental dos brasileiros.
Uma pesquisa feita pela Troposlab, empresa especializada em inovação, em parceria com a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), observou que 51,1% dos empreendedores tiveram a vida afetada pela pandemia, mas que se sentem bem a maior parte do tempo, enquanto 24,9% dos empreendedores afirmaram que foram muito afetados.
Os resultados encontrados apontam que as mulheres apresentam maior intensidade de sintomas para ansiedade (28,5%), quando comparadas aos homens (22,2%), estresse (5,36%) e nos homens (5,22%) e, também, maior prevalência de depressão (10,4% para mulheres e homens 3,4%).
Os sintomas de ansiedade, depressão e estresse aumentam à medida que o rendimento familiar cai, ainda que com força pequena. Por outro lado, quanto mais o empreendedor percebe que possui estratégias pessoais para lidar com os desafios trazidos pela pandemia, menores são os seus níveis de sofrimento mental.?A necessidade do acompanhamento e cuidados com a saúde mental e início do uso de medicamentos, como antidepressivos, ansiolíticos ou ambos nesse período, foi relatada por 15,6% dos entrevistados.
O relatório afirma ainda, que 80% dos empreendedores apresentam níveis baixos de estresse, ansiedade e depressão, enquanto cerca de 4 a 6% apresentam níveis severos dos mesmos sintomas. Desses, 13,8% dos respondentes disseram que já receberam diagnósticos de depressão, enquanto 50,7% disseram que receberam diagnóstico de ansiedade ao longo de suas vidas. Os estados de São Paulo, Goiás e Distrito Federal foram os que mais apresentaram frequência em sintomatologia alta, o que poderia apontar para níveis de sofrimento psicológico mais altos.
O levantamento desses dados é muito importante, pois a partir deles novas pesquisas sobre a saúde mental do empreendedor poderão ser geradas, o que abre portas para a discussão e sensibilização da importância do desenvolvimento saudável no ambiente de negócios.
Fonte: mundodomarketing.com.br
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